A associação de proteção ao consumidor acredita que booking.com impõe condições injustas a seus clientes. O UFC Que-Choose observa diversas condições contratuais que considera desfavoráveis aos internautas. Em particular, está em causa a gestão dos avisos publicados em cada ficheiro do hotel ou a utilização dos dados pessoais dos clientes.
Segundo o UFC, o site de reservas se concede o direito de modificar ou deletar qualquer conteúdo que lhe desagrade, podendo assim modificar, recusar ou até deletar um comentário desfavorável. Outro ponto de crítica, o Booking é criticado por fazer ampla aplicação das informações que os internautas disponibilizam.
Depois de estudar as condições de utilização do site, a organização especifica que o site de reservas recolhe “cookies e rastreadores, endereços IP obtidos tanto através do seu site como de sites parceiros e mesmo directamente das redes sociais”. Operação realizada, segundo o UFC, sem o consentimento do cliente.
Por último, a associação acrescenta que a Booking pode “utilizar as fotos e comentários dos consumidores, nomeadamente para fins publicitários, sem informar ou mesmo remunerar os seus autores”.
A repressão à fraude já é muito crítica
Este ataque proveniente do UFC Que-Choisir não é isolado. No passado, a DGCCRF já colocava sites de reserva de hotéis na lista negra. Em nota oficial, apontou para a “discrepância entre os preços apresentados nos sites e os preços efectivamente cobrados, as comparações distorcidas dos serviços oferecidos, o desvio de clientes para links ocultos de internet”.
A organização também buscava práticas de gerenciamento de comentários. Ele havia observado muitas irregularidades em relação às avaliações online, como o preenchimento de avaliações falsas, moderações tendenciosas, avaliações patrocinadas em blogs ou até mesmo práticas de vendas de fãs falsos nas redes sociais.
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